O mundo de Sofia, entre outros.



Ao ler o titulo desta sessão, você deve estar se perguntando "Será que vão dizer a respeito daquele famosíssimo livro, escrito por Jostein Gaarder, chamado O Mundo de Sofia?". Não! Não iremos  aqui apontar as características de tal obra, até porque não seria uma tarefa fácil (aqueles que já a leram poderão concordar comigo) e também não estou com saco para tal proeza. 
Com isso, você volta para o titulo da sessão e vê que o nome "O mundo de Sofia" vem acompanhado de outros elementos textuais - sim, ", entre outros". Consequentemente, você se pergunta, novamente: "Ah! Já sei! Irão falar do mundo da personagem Sofia e os mundos dos outros personagens presentes na obra?". Não! Talvez esse seja o motivo do meu primeiro "NÃO!", dito logo acima.
A obra O Mundo de Sofia retrata uma realidade meio que confusa em que ora pensamos que toda a história participa de uma dimensão extremamente material e há outros momentos em que sentimos certo desconforto ao perceber que tudo não passa de um mundo idealizado - ou quase isso. Acho que aqui damos resquícios do que pretendemos nesse texto, ou melhor, nos posts que irei publicar nessa sessão.


O termo "mundo" tornou-se muito ambíguo na contemporaneidade. Isso pode ser devido a grande utilização dessa palavra nas produções artísticas, dotando-a de características polissígnicas. Hoje podemos dizer - claro que em um determinado contexto - que as palavras "mundo", "realidade", "espaço", "universo" e "galáxia" significam o mesmo "objeto" (utilizo esse termo com base na Semiótica peirciana). Não em todos os aspectos, é claro. Pela abrangência semiótica desses termos, poderíamos considerar tudo como mundo, ou parte dele. 
No caso especifico da obra de Jostein Gaarder, o termo "mundo" possui a mesma característica semântica de "realidade". Outra obra que podemos citar, não se tratando de uma produção artística (tenho até medo de usar esse termo, tendo em vista outra vacância semiótica), é The Gutenberg Galaxy, escrito por Marshall McLuhan, em que o termo "Galaxia" é utilizado para metaforizar um universo criado a partir da inserção do livro impresso na cultura.
Mas, afinal, o que quero com todos esses pontos levantados?
Meu objetivo, na verdade, é mostrar nessa sessão os diversos aspectos qualitativos, indexicais e simbólicos que fundamentam o mundo literário. Partindo disso, farei uso dos diversos métodos de análise (Fenomenologia, Psicanalise, Semiótica, Materialismo Histórico-dialético, Estruturalismo, entre outros) em diversas obras literárias (isso não descarta a possibilidade de outras mídias, hipermídias e/ou transmídias).
Penso que partindo dessas premissas não estaremos limitados no que discutir nos futuros posts. Com o intuito citado logo acima, espero que vocês, Ciborgues, devaneiem-se ao ler os posts materializados neste espaço contaminado!

By: George Lima 

2 comentários:

  1. Adorei a ideia, sei que vai ser o maior sucesso...Adoro o seu jeito de analisar as coisas.

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  2. Excelente blog. Suas análises são maravilhosas. Parabéns!!!!

    By. Higino Teixeira

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